É com grande indignação que a Coordenação dos Movimentos Sociais, reunida no dia 28 de março, acompanha as conseqüências da resolução do Conselho de Segurança da ONU que, mesmo sem ser unânime, deflagrou uma agressão militar contra a Líbia. Sob cínicas declarações "humanitárias", os governos das grandes potências (EUA, França, Reino Unido, Itália, Espanha) - agora com a chancela da OTAN - bombardeiam esse país norte - africano de apenas seis milhões de habitantes.
A agressão imperialista intervém numa guerra civil, causa centenas de mortes entre a população e é, na verdade, uma nova guerra de rapina por petróleo e uma estratégia de contenção contra a luta que varreu os regimes ditatoriais sustentados pelos EUA e a OTAN nos vizinhos Egito e Tunísia.
Os Movimentos Sociais do Brasil exigem o fim imediato dos bombardeios à Líbia, reafirma que a intervenção militar externa é inaceitável e atentatória à soberania nacional dos povos. É a descarada manutenção, pela força, dos interesses das potências imperialistas e suas multinacionais na região.
Neste momento de profunda aflição, prestamos toda nossa solidariedade ao povo líbio, pois apenas a ele cabe a decisão sobre seu próprio destino.
Dirigimo-nos ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil e as representações do Senado e da Câmara Federal, para que expresse junto aos organismos internacionais e, em particular à Organização das Nações Unidas, a exigência dos Movimentos Sociais pelo imediato fim da intervenção militar da OTAN na Líbia, pela cessação imediata dos bombardeios, e pelo restabelecimento da paz naquela região.
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